Chá para infecção urinária diuréticos, anti- inflamatórios e antibacterianos.
- Chá de salsa
- Chá de aroeira
- Chá de carqueja
- Chá de folha de abacate
- Chá de dente-de-leão
- Chá de alfazema.
Ervas como salsa, carqueja e alfazema são indicadas para esse tratamento (Foto: depositphotos)
Essas opções são as infusões que possuem efeitos diuréticos, anti-inflamatórios e antibacterianos.
Os primeiros tipos aumentam o volume de urina produzida pelo corpo, tornando mais fácil a expulsão das bactérias que atacam o organismo. Já os outros efeitos agem diretamente na causa da infecção e proporcionam alívio dos sintomas.
Veja a seguir mais detalhes sobre os seis melhores chás para infecção urinária. Além disso, descubra como eles agem no organismo, como prepará-los e a forma correta de ingeri-los ao longo do dia.
Chá de salsa
A salsa (Petroselinum crispum) é uma erva muito usada na culinária. No entanto, ela também possui diversas propriedades medicinais, sendo a principal delas o efeito sobre a saúde dos rins.
O chá de salsa é um poderoso diurético natural, além de ser rico em substâncias antioxidantes, vitamina C e compostos antibacterianos e anti-inflamatórios.
Isso faz com que a infusão aumente o volume da urina, combata as bactérias causadoras da infecção, diminua os sintomas da doença e ainda proteja o trato urinário.
A vitamina C presente na erva estimula o sistema imunológico, ajudando o próprio corpo à combater e se proteger das bactérias nocivas e diminuindo o uso de medicamentos sintéticos que possuem efeitos colaterais negativos. (1, 2, 3)
Chá de salsa é diurético, aumentando o volume de urina (Foto: depositphotos)
Confira como preparar e consumir esse poderoso chá para infecção urinária e se livrar logo da doença.
Ingredientes:
- 4 colheres (de sopa) de folhas frescas de salsa
- 2 xícaras de água filtrada.
Modo de preparo:
Em primeiro lugar, lave bem as folhas de salsa para retirar qualquer impureza. Em seguida, leve a água até o fogo até que comece a borbulhar.
Logo depois, desligue o fogo e adicione a salsa, tampando a panela e deixando a infusão descansando por cerca de 10 minutos.
Em seguida, coe as folhas e o chá está pronto para ser ingerido. O ideal é que a bebida não seja adoçada com açúcar, porém o sabor forte da salsa pode fazer com que muitos desistam da infusão. Por isso, você pode acrescentar uma colher de mel.
O chá deve ser consumido no máximo três vezes ao dia, preferencialmente após as refeições e apenas enquanto durarem os sintomas da infecção. A salsa não pode ser consumida por quem faz uso de anticoagulantes ou diuréticos, pois potencializa os efeitos dos mesmos.
Mulheres grávidas ou que amamentam também devem evitar a erva pois ela possui efeitos abortivos e contém substâncias que diminuem a produção de leite.
Chá de aroeira
O chá preparado com as folhas da planta conhecida popularmente como aroeira ou pimenta-rosa (Schinus terebinthifolius) é tradicionalmente usada como tratamento para diversos tipos de infecções.
Isso acontece devido às propriedades antibacterianas e antioxidantes encontradas no óleo essencial da aroeira. Substância essa que é extraída das folhas durante o processo de infusão.
A aroeira é responsável por inibir a proliferação de diversos tipos de bactérias, especialmente as causadoras de infecção no trato urinário. Ao mesmo tempo, a erva protege os órgãos por conta do seu efeito antioxidante.
O chá de aroeira é contraindicado para grávidas (Foto: depositphotos)
Por isso, é bastante indicada para quem sofre de infecções urinárias recorrentes. Onde o uso de antibióticos pode fazer com as bactérias se tornem mais resistentes. Confira como preparar essa infusão! (4, 5)
Ingredientes:
- 50 gramas de folhas de aroeira
- Meio litro de água filtrada.
Modo de preparo:
Leve a água ao fogo e quando começar a borbulhar, desligue e acrescente a aroeira. As folhas podem estar inteiras ou em forma de pó. Deixe a bebida em infusão por cerca de 5 minutos, coe e está pronto para o consumo.
É indicado beber apenas uma xícara por dia da infusão, que pode ficar na geladeira por até 24 horas. Contudo, é preciso ficar atento pois como qualquer erva, a aroeira possui contraindicações.
O chá de aroeira não deve ser usado por quem sofre de dores reumáticas e grávidas durante os três primeiros meses da gestação. Isso porque, a erva causa contrações musculares que podem levar ao aborto.
Chá de carqueja
Outro chá que é bastante efetivo no tratamento da infecção urinária é o carqueja (Baccharis trimera). A maior parte disso está relacionada aos efeitos antibacterianos e analgésicos da erva, que diminuem a infecção enquanto alivia as dores.
Além disso, o chá de carqueja possui propriedades para estimular a produção de urina, fazendo com que o corpo consiga se livrar das bactérias e toxinas. Tudo isso sem contar no efeito antioxidante dessa bebida.
Esse chá pode ser feito com as folhas da planta ou usando sachês dessa erva (Foto: depositphotos)
Na prática, isso faz com que o corpo fique mais resistente contra as infecções e previne danos mais sérios ao organismo. Aprenda como preparar e beber essa infusão! (6, 7)
Ingredientes:
- 1 colher de folhas de carqueja
- 1 xícara de água filtrada.
Modo de preparo:
O primeiro passo para o preparo da infusão é ferver a água. Quando ela estiver borbulhando, desligue e acresce a erva. Deixe descansando para que os óleos essenciais sejam extraídos.
Por fim, basta coar e consumir o chá sem adoçar. Caso não consiga encontrar as folhas de carqueja, é possível usar os sachês encontrados em casas de produtos naturais e supermercados.
A carqueja também não deve ser usada por grávidas, em nenhum estágio da gestação, por conter substâncias que atrapalham o desenvolvimento do feto. Além disso, quem faz uso de medicamentos diuréticos precisa passar por orientação médica.
Chá de folha de abacate
O chá de folhas do abacateiro (Persea americana) também se mostra bastante efetivo no tratamento desse tipo de infecção.
Em primeiro lugar, isso se deve pela presença de compostos antibacterianos, que combatem a proliferação das bactérias no organismo. Em segundo lugar, as folhas da árvore são ricas em compostos antioxidantes e diuréticos.
O ideal é consumir até duas xícaras desse chá por dia (Foto: depositphotos)
Isso faz com que ela trate a causa da infecção, promova a expulsão de substâncias tóxicas ao organismo através da urina e proteja o trato urinário de danos causados pela doença. Confira como preparar! (1, 8)
Ingredientes:
- 5 folhas de abacateiro
- Meio litro de água.
Modo de preparo:
Esse chá deve ser preparado usando o processo de decocção. Ou seja, fazendo o cozimento das folhas para extrair todas as suas propriedades medicinais.
Dito isso, leve a água ao fogo já com as folhas. Quando começar a borbulhar, deixe cozinhar por 5 minutos e desligue o fogo. Logo depois, tampe a panela e mantenha o chá descansando por mais 10 minutos.
Após isso é só coar, adoçar com mel e beber ainda morno. É necessário ainda ter o cuidado de não beber mais do que duas xícaras do chá por dia e não deixar o chá guardado por mais de 24 horas para ele não perder as propriedades medicinais.
O consumo em excesso do chá pode causar queda da pressão e do índice de glicose no sangue. Essa infusão também não deve ser consumida por grávidas ou mulheres que estejam amamentando por causa do risco de aborto ou diminuição da produção de leite.
Chá de dente-de-leão
O chá das folhas de dente-de-leão (Taraxacum officinale) possui propriedades diuréticas e antioxidantes. E é composto principalmente por flavonoides, taninos e carotenoides.
Essas substâncias ajudam a manter o trato urinário saudável e livre de infecções. Já o efeito diurético da erva é potencializado pelo alto índice de potássio encontrado nela, que aumenta o volume de urina ao mesmo tempo em que previne a desidratação.
Grávidas e lactantes devem evitar o consumo dessa bebida (Foto: depositphotos)
Aprenda a seguir a maneira correta de preparar e consumir o chá de dente-de-leão no dia a dia.(9, 10)
Ingredientes:
- 1 colher (de sopa) de folhas de dente-de-leão
- Meio litro de água filtrada.
Modo de preparo:
Leve a água ao fogo até que levante fervura. Feito isso, desligue o fogo, acrescente as folhas de dente-de-leão e deixe a infusão abafada por cerca de 5 minutos. Passado esse tempo, é só coar, adoçar com mel e beber ainda morno.
O chá deve ser consumido no máximo até três xícaras por dia. Pessoas que fazem uso de medicamentos diuréticos ou para hipertensão precisam tomar cuidado, pois a erva potencializa os efeitos dos mesmos.
Por fim, essa infusão também é contraindicada para mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Especialmente por causa dos riscos de causar mau desenvolvimento do feto.
Chá de alfazema
A alfazema, como é popularmente conhecida a lavanda (Lavandula angustifolia), é bastante usada pela indústria de perfumes e como um calmante natural.
No entanto, dentre as diversas propriedades encontradas no óleo essencial da erva estão os efeitos antibacterianos, antissépticos e diuréticos, fazendo com que ela seja um tratamento completo e natural para a infecção urinária.
Quando consumida, a infusão atua na eliminação das bactérias que causam a infecção. Além disso, o aumento do volume da urina promove a eliminação de toxinas mais rapidamente.
Chá de alfazema também funciona como um calmante natural (Foto: depositphotos)
Aprenda a seguir como preparar e tomar corretamente o chá de alfazema e ainda alguns cuidados com o consumo. (11)
Ingredientes:
- 1 colher (de sopa) de folhas de alfazema
- Meio litro de água.
Modo de preparo:
Leve a água para levantar fervura. Feito isso, tire a panela do fogo, acrescente a alfazema e tampe para que os óleos essenciais da erva sejam extraídos. Após 5 minutos, basta coar, adoçar com mel e beber morno ou gelado.
O ideal é consumir no máximo duas xícaras da infusão por dia. Pois a bebida tem efeitos calmantes, que podem causar sonolência nas pessoas mais sensíveis.
Como qualquer outro chá com efeito diurético, é preciso tomar cuidado com o consumo, principalmente quando associado com medicamentos para hipertensão. Por isso, nesses casos é importante procurar orientação médica.
Mulheres grávidas devem evitar o consumo da alfazema durante os três primeiros meses de gestação. Após esse tempo, a erva só é liberada sob orientação médica, pois há riscos de má formação do feto.
Chás para combater infecção urinária durante a gravidez
Durante a gravidez os riscos de infecção urinária aumentam por causa da compressão da bexiga pelo útero. A doença, inclusive, pode causar complicações para a gestação.
É sabido que durante a gravidez a mulher não pode consumir diversos tipos de chás, especialmente durante o primeiro trimestre da gestação, quando os riscos de aborto e má formação são maiores.
Mas existem algumas infusões permitidas durante a gestação, como é o caso do chá com a casca de abacaxi. Descubra quais os benefícios e como preparar a bebida corretamente.
Chá de casca de abacaxi
Por causa dos efeitos diuréticos e antibacterianos da bromelina, enzima encontrada na fruta e na casca, essa infusão é indicada para o tratamento natural de infecção urinária durante a gravidez.
Esse chá age aumentando a produção de urina e favorecendo o descarte de substâncias e micro-organismos tóxicos ao corpo.
Dessa maneira, há uma inibição do crescimento das colônias de bactérias responsáveis pelos sintomas da doença. O que acarreta em uma melhora sem a necessidade de utilizar medicamentos sintéticos. (12)
Ingredientes:
- Casca de um abacaxi médio
- 1 litro de água.
Modo de preparo:
Em primeiro lugar, lave bem a casca do abacaxi para retirar quaisquer impurezas. Logo depois, leva a água para ferver. Quando começar a borbulhar, acrescente as cascas e deixe cozinhando por 10 minutos.
Passado o tempo, bata tudo em um liquidificador até que esteja uma mistura lisa, coe e está pronto para ser bebido. Essa infusão pode ser bebida ainda quente ou gelada.
Mesmo que seja seguro o consumo durante a gestação, é preciso ter alguns cuidados com essa bebida. Nunca se deve tomar mais de duas xícaras por dia, por causa do alto nível de açúcar do abacaxi. Por esse motivo, mulheres que apresentam diabetes gestacional devem evitá-la.
O que é e como evitar a infecção urinária?
Você viu neste artigo várias opções de chás para infecção urinária, doença causada quando bactérias que vivem normalmente na vagina e no ânus migram para a bexiga.
De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de infecção é mais comum em mulheres. Os principais sintomas da doença são ardência ao urinar, vontade de urinar várias vezes em pouco tempo, urina com sangue e dores abdominais.
Para evitar a doença, o Ministério indica, principalmente, beber bastante água e não prender a urina. Essas duas ações fazem com que as bactérias sejam descartadas e não migrem para o trato urinário.
Referências
(1) DARIAS, D. et al. “Plants used in urinary pathologies in the Canary Islands“. Pharmaceutical Biology, v.39, n.3, p.170-180, 2001. Disponível em: https://doi.org/10.1076/phbi.39.3.170.5937. Acesso em 3 de maio de 2019.
(2) NIELSEN, S. E. et al. “Effect of parsley (Petroselinum crispum) intake on urinary apigenin excretion, blood antioxidant enzymes and biomarkers for oxidative stress in human subjects”. British Journal of Nutrition, v.81 p.447-455, 1999. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10615220. Acesso em 2 de maio de 2019.
(3) AL-KAREEMI, Khalida Kareen. “Inhibitory Effect of Parsley (Petroselinum Crispum) Juice Against Some Urinary Pathogens in Vitro“. Iraq Academic Scientific Journal, v.11, n.3, p.336-342, 2012. Disponível em: https://www.iasj.net/iasj?func=article&aId=59277. Acesso em 3 de maio de 2019.
(4) ULIANA, Michele Pereira et al. “Composition and biological activity of Brazilian rose pepper (Schinus terebinthifolius) leaves“. Industrial Crops and Products, v.83, p.235-240, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2015.11.077. Acesso em 3 de maio de 2019.
(5) CARVALHO, M.G. et al. “Schinus terebinthifolius Raddi: composição química, propriedades biológicas, e toxicidade“. Rev. bras. plantas med., vol.15, n.1, pp.158-169, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722013000100022. Acesso em 3 de maio de 2019.
(6) ABAD, Maria José; BERMEJO, Paulina. “Baccharis (Compositae): a review update“. ARKIVOC, v. 7, p.76-96, 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3998/ark.5550190.0008.709. Acesso em 3 de maio de 2019.
(7) GRANCE, Simone Reshke Mendes et al. “Baccharis trimera: Effect on hematological and biochemical parameters and hepatorenal evaluation in pregnant rats“. Journal of Ethnopharmacology, v.117, p.28-33, 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jep.2007.12.020. Acesso em 3 de maio de 2019.
(8) SOUZA, Andrieli Daiane Zdanski de, et al. “O cuidado com as plantas medicinais relacionadas às infecções do trato urinário – um desafio à enfermagem“. R. pesq.: cuid. fundam. v. 4, n.2, p.2367-2376, 2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/5057/505750893017/. Acesso em 3 de maio de 2019.
(9) RIBEIRO, Marilena; ALBIERO, Adriana L. M.; MILANEZE-GUTIERRE, Maria Auxiliadora. “Taraxacum officinale Weber (Dente-de-leão) – Uma revisão das propriedades e potencialidades medicinais“, 2004. Disponível em: http://ojs.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/20552/10786. Acesso em 3 de maio de 2019.
(10) VEIGA JÚNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.; MACIEL, Maria Aparecida M. “Plantas medicinais: cura segura?“, Química Nova, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0100-40422005000300026&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em 3 de maio de 2019.
(11) DURAN, Maria Concepción Gutierrez; POL, Rosa Maria Basante. “Datos historicos y bibliograficos del genero lavandula“. 1984. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/587763.pdf. Acesso em 3 de maio de 2019.
(12) RAIMUNDO, Venerane da Cruz. “Análise físico-química da polpa do abacaxi (Ananas comosus L, Merril) proveniente no município de Buritis, Rondônia, Brasil“. 2012. Disponível em: http://repositorio.faema.edu.br:8000/handle/123456789/830. Acesso em 3 de maio de 2019.