Pitomba: 6 benefícios e como fazer o suco Tonifica o sistema imune
A pitomba é o fruto da pitombeira (Talisia esculenta), espécie nativa da Amazônia brasileira e bastante apreciada no nordeste do país.
O fruto é da mesma família da lichia e é cheio de benefícios para a saúde do organismo. Ele ajuda a aumentar a imunidade, evitando doenças, fortalece os ossos e age na melhora do funcionamento intestinal.
O melhor de tudo é que é possível comer a pitomba na sua versão natural ou utilizando em receitas diversas, como sucos e molhos. Aprenda mais sobre esse fruto a seguir!
6 principais benefícios da pitomba
O fruto da pitombeira é rico em proteínas, carboidratos e nas vitaminas A, C e nas do complexo B. (1)
Também foi identificada a presença de fibras alimentares e minerais como: o cálcio, o ferro e o zinco na polpa, o que torna a pitomba num alimento bastante nutritivo, porém com baixo valor calórico, com apenas 56 calorias por porção. (2)
1. Tonifica o sistema imune
Por possuir uma grande quantidade de vitamina C, a pitomba pode ser consumida com o intuito de ajudar o organismo a evitar o desenvolvimento de doenças, tais como gripes e resfriados, pois aumenta a imunidade.
Essa vitamina é um antioxidante natura e consegue impedir a morte das células que compõem o sistema imunológico e ainda faz com que elas funcionem de maneira mais efetiva.
A vitamina A, por sua vez, aumenta a quantidade de alguns tipos de células chamadas linfócitos T, fazendo com elas ajam mais rapidamente quando se encontram com um antígeno já conhecido. Enquanto que o zinco e o ferro estimulam a proliferação, aumentando a concentração delas no organismo. (3)
2. Combate problemas intestinais
A fruta é ótima para quem sofre com problemas intestinais, justamente pela presença de fibras na sua composição, cerca de 2,4 g por cada porção de 100 gramas.
Essas fibras são componentes não digeríveis que aumentam a mobilidade intestinal e hidratam as fezes, já que absorvem e carregam água para o intestino. Desse modo, uma alimentação rica em fibras garante uma melhor saúde intestinal. (2)
3. Fortalece os ossos
A fruta apresenta uma boa porcentagem de cálcio, essencial para a manutenção da densidade e resistência do nosso sistema ósseo. Cada porção tem cerca de 27 mg do mineral. (2)
4. Protege contra a oxidação celular
A pitomba é rica em antioxidantes, moléculas que agem para impedir danos no organismo causados pela ingestão de álcool, cigarro, medicamentos e alimentos industrializados.
O consumo dessas substâncias maléficas pode causar alteração no DNA e aumentar os riscos de desenvolver doenças crônicas, cardiovasculares e até mesmo o câncer. (4)
5. Acelera a cicatrização
As boas quantidades de carboidratos, vitaminas e minerais fazem da pitomba importante para a cicatrização de feridas.
Os carboidratos dão energia às células que formam o tecido da pele, e aos leucócitos, que impedem infecções que retardam o processo de regeneração.
Já as vitaminas A, do complexo B e C, além dos minerais ferro e zinco aumentam a produção não só dessas células, mas também de proteínas que ligam tudo, como o colágeno, além de garantirem que o corpo terá energia e oxigênio para conseguir curar a lesão. (5)
6. Reduz a inflamação
A polpa da pitomba pode ajudar a reduzir os sintomas dos problemas inflamatórios, como alergias.
Isso ocorre em parte como consequência do efeito antioxidante da fruta, que inibe a liberação de compostos que servem para ativar a inflamação, fazendo com que o processo nem comece ou seja encerrado logo no início. (6)
O que é pitomba?
A pitombeira pode atingir os 15 metros de altura e cresce em todo o país, porém é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, onde o consumo da fruta é mais popular.
Ela é cultivada apenas de maneira doméstica, por isso sua venda fica reservada a feiras livres durante os meses de janeiro a março, período da colheita.
O fruto, também chamado de olho de boi e pitomba de macaco, é pequeno, tendo no máximo quatro centímetros de diâmetro e cresce em cachos.
Quando maduro ele tem uma casca marrom, que é dura mas quebra com facilidade. A polpa é doce e meio adstringente, tem cor branca translúcida e é bem fina.
Curiosidade! Pitomba é uma palavra derivada da língua indígena tupi e significa algo como chute ou tapa forte. (1, 2)
Como comer e como fazer o suco
Uma das formas mais usuais de consumir a fruta é in natura. Para isso, basta remover a casca que envolve a polpa.
Há quem ache a ingestão da fruta um tanto quanto trabalhosa, mas a casca é bem fácil de ser removida e o sabor compensa qualquer trabalho.
Outra forma bastante comum de incluir a pitomba na alimentação é através do preparo do suco. No mais, também existem outras bebidas, doces e até receitas mais elaboradas.
Veja algumas sugestões para incluir a pitomba na sua alimentação:
Suco de pitomba
Ingredientes
- 1 copo de água gelada filtrada
- 8 pitombas.
Modo de preparo
Higienize e descasque as pitombas. Leve as frutas ao liquidificador com a água, batendo no modo pulsar para separar a polpa da sementes.
Coe e, se sentir necessidade, adicione açúcar. Uma dica é: após coar, volte o suco ao liquidificador e bata novamente, dessa vez com algumas pedras de gelo para ficar mais refrescante.
Molho de salada de pitomba
Ingredientes
- 20 unidades (ou 100 gramas) de pitomba
- 1 xícara de água filtrada
- 1 colher (de sopa) de açúcar
- 1 cravo-da-Índia
- 1 colher (de sopa) de maionese
- ½ colher (de café) de sal
- 1 colher (de sobremesa) de coentro picado.
Modo de preparo
Descasque a pitomba e coloque para cozinhar com a água. Acrescente o açúcar e o cravo e deixe no fogo por 10 minutos. Passado esse tempo, desligue o fogo e deixe esfriar por, pelo menos, uma hora.
Passe toda a mistura numa peneira, esfregando o caroço, para retirar o máximo de polpa possível. O passo seguinte é acrescentar a maionese, o sal e o coentro. Mantenha o molho na geladeira até a hora de servir. (1)
Referências
(1) MINISTÉRIO DA SAÚDE. Alimentos regionais brasileiros, 2º edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 484 p. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_alimentos_regionais_brasileiros.pdf. Acesso em: 15 de março de 2020.
(2) RODRIGUES, Sueli; BRITO, Edy Sousa de; SILVA, Ebenézer de Oliveira. Pitomba—Talisia esculenta. Exotic Fruits, p.351-354, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1016/B978-0-12-803138-4.00046-0. Acesso em: 15 de março de 2020.
(3)BIASEBETTI, Mayara do Belem Caldas; RODRIGUES, Isis Delfrate; MAZUR, Caryna Eurich. Relação do consumo de vitaminas e minerais com o sistema imunitário: Uma breve revisão. Visão Acadêmica, v.19, n.1, p.130-136, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/acd.v19i1.57737. Acesso em: 15 de março de 2020.
(4) NERI-NUMA, Iramaia Angélica et al. Preliminary evaluation of antioxidant, antiproliferative and antimutagenic activities of pitomba (Talisia esculenta). LWT – Food Science and Technology, v.59, p.1233-1238, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.lwt.2014.06.034. Acesso em: 15 de março de 2020.
(5) ARCENIO, Cíntia Medeiros. A relevância da nutrição no processo de cicatrização, 2014. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/8142/1/PDF%20-%20C%C3%ADntia%20Medeiros%20Arc%C3%AAnio.pdf. Acesso em: 15 de março de 2020.
(6) FRAGA, Layanne Nascimento; CARVALHO, Izabela Maria Montezano de. Talisia esculenta (A. ST.-HIL.) Radlk: características físico-químicas, atividade antioxidante e atividade biológica, Research, Society and Development, v.9, n.2, 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i2.1909. Acesso em: 15 de março de 2020.